Hoje, 5 de maio,
Quinta-Feira de Ascensão (Dia da Espiga) é o Feriado Municipal de Beja, tal
como em outros concelhos da região e do país
(serão 29, no total). Feriado
móvel ( 40 dias depois do Domingo de Páscoa), faz parte da História e do
Património Religioso e Cultural desses municípios, tal como acontece nos outros
feriados municipais ( razão porque se mantiveram intactos, quando o anterior
governo suprimiu quatro, agora repostos).
Ao longo dos anos, o
também (incorretamente) chamado “Dia da Cidade” tem sido comemorado das mais
variadas formas, normalmente através das chamadas “Festas da Cidade” ou “Festas
de Beja”, com iniciativas culturais, desportivas, lúdicas e com a cerimónia
pública da atribuição das Medalhas de Mérito Municipal, conferindo a dignidade
que a efeméride merece.
Acontece que, em 2016, o
Feriado Municipal de Beja vai passar praticamente despercebido, só se notando
pelos serviços, escolas e comércio encerrados. Não há uma só referência a esta
data, na Agenda Cultural, no site ou na página do Facebook da Câmara Municipal,
num lamentável desleixo, que faz com que a própria cerimónia da entrega das
medalhas pareça estar na clandestinidade, dado que não são divulgados o local e
a hora da mesma.
A desvalorização deste
dia vai mais longe, dado que não foi preparado o mínimo programa ( nem
precisava de ser muito exigente ), para assinalar a data. Duas iniciativas (uma
delas noticiada de véspera) e nada mais, é o que vai acontecer.
Até não era muito
difícil, bastava ir à programação de maio e elaborar um programa específico que
marcasse as comemorações do Feriado Municipal. Sem ser exaustivo (e deixando de
fora algumas iniciativas), aqui fica uma proposta, meramente pessoal, que se
iniciava precisamente ontem, com a magnífica Festa do Azulejo ( e respetiva
exposição, na Casa da Cultura ) e terminava no domingo, dia 15 :
Dia 4 – Festa do Azulejo
; 5 – Jogos Tradicionais, 100% Fitness, Caminhada no Penedo Gordo, Entrega das
Medalhas ; 7 – Passeio pedestre na Trindade, Mercado das Flores, Hélder
Moutinho (que podia muito bem ser no dia 4 ou no dia 5) ; 11 - Trio de Cordas ;
12 – Mil e uma histórias, Mil e uma noites ; 13 e 14 – Festa das Maias ; 14 – Futebol – CD Beja / Sportig CP
(veteranos), Dynamic Jazz 5Thet ; 15 – Corrida Cidade de Beja.
É claro que isto é apenas
um exercício, aleatório, do que poderia ser uma programação, limitada no tempo
para não parecer exaustiva ( correndo o risco de deixar de fora o Encontro de
Coros, a Beja Romana, ou o início do Festival de BD, entre outros) mas, como se
disse atrás, seria uma forma simples e digna de comemorar o Feriado Municipal.
E, cereja no topo do bolo (caso fosse possível) seria a apresentação em Beja,
no dia 8, da Orquestra Gulbenkian, com Mário Lajinha como solista, no final de
uma curta digressão que a vai levar a Braga, Viseu, Vila Real e Castelo Branco,
nos dias 4, 5, 6 e 7, respetivamente, depois de já ter passado por Marvão,
Almada, Setúbal, Coimbra e Alcobaça.
Fica, assim, a frustração
e o desencanto de um “esquecimento” que não devia ter existido e que não acontece
apenas por falta da imaginação, mas sim por uma grande insensibilidade ao que é
a memória, a cultura e o património de uma cidade e do seu concelho. Para isso
não suceder, é preciso “sentir” Beja e, com atitudes destas ficamos a conhecer
melhor a insensibilidade de quem governa o Município neste momento.
Para compensar, aqui fica
uma moda alusiva à data :
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