Arquivo Fotográfico do Diário do Alentejo

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Confesso que vivi (2) - O 1º de Maio do nosso contentamento

O Diário de Notícias está a publicar, em papel e online, depoimentos de pessoas de várias áreas, inspirando-se nas entrevistas que Baptista-Bastos fez há uns anos, sob o tema "Onde é que você estava no 25 de Abril?
"Moço do meu tempo" (nascemos ambos em 1958), o cineasta e professor universitário João Mário Grilo também respondeu às questões do jornal ( http://25abril40anos.dn.pt/2014/03/29/viver-uma-revolucao-na-adolescencia-foi-um-luxo/#more-257 ) onde afirmou, nomeadamente, que "viver uma revolução foi um luxo".
Pode ser apenas uma questão semântica mas, para mim, que também vivi essa mesma revolução na adolescência, acho que, mais do que um luxo foi acima de tudo, um privilégio, ter assistido, vivido, participado nesses dias, meses e anos que mudaram a vida do nosso País, "orgulhosamente só", por acção de uma ditadura que já durara tempo demais.
E, se o dia 25 de Abril e os seguintes foram apenas o início, o primeiro 1º de Maio em democracia foi a explosão, a festa, a luta, o grito até então preso nas gargantas, mas não nas vontades.

Beja :


"O regime salazarista morreu ... Somos Livres ... A PIDE-DGS está presa ...  Acabou-se o MEDO...
Vamos para a rua UNIDOS, festejar o 1º de Maio (Dia Mundial do Trabalhador)

Este documento era assinado por Os jovens do Movimento Democrático (CDE) de Beja


Lisboa : 

     

" Unidade dos trabalhadores. Unidade do povo. Unidade de comunistas, socialistas, católicos, liberais ( a frente unitária que vem do tempo da ditadura ), unidade de todos sem excepção que, nesta hora decisiva para o futuro de Portugal, querem lutar para consolidar os resultados históricos alcançados com o movimento do 25 de Abril e nos seis dias então decorridos. "

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