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quinta-feira, 5 de maio de 2016

5 de maio de 2016 : Feriado Municipal ignorado.




Hoje, 5 de maio, Quinta-Feira de Ascensão (Dia da Espiga) é o Feriado Municipal de Beja, tal como em outros concelhos da região e do país  (serão 29, no total).  Feriado móvel ( 40 dias depois do Domingo de Páscoa), faz parte da História e do Património Religioso e Cultural desses municípios, tal como acontece nos outros feriados municipais ( razão porque se mantiveram intactos, quando o anterior governo suprimiu quatro, agora repostos).
Ao longo dos anos, o também (incorretamente) chamado “Dia da Cidade” tem sido comemorado das mais variadas formas, normalmente através das chamadas “Festas da Cidade” ou “Festas de Beja”, com iniciativas culturais, desportivas, lúdicas e com a cerimónia pública da atribuição das Medalhas de Mérito Municipal, conferindo a dignidade que a efeméride merece.
Acontece que, em 2016, o Feriado Municipal de Beja vai passar praticamente despercebido, só se notando pelos serviços, escolas e comércio encerrados. Não há uma só referência a esta data, na Agenda Cultural, no site ou na página do Facebook da Câmara Municipal, num lamentável desleixo, que faz com que a própria cerimónia da entrega das medalhas pareça estar na clandestinidade, dado que não são divulgados o local e a hora da mesma.
A desvalorização deste dia vai mais longe, dado que não foi preparado o mínimo programa ( nem precisava de ser muito exigente ), para assinalar a data. Duas iniciativas (uma delas noticiada de véspera) e nada mais, é o que vai acontecer.
Até não era muito difícil, bastava ir à programação de maio e elaborar um programa específico que marcasse as comemorações do Feriado Municipal. Sem ser exaustivo (e deixando de fora algumas iniciativas), aqui fica uma proposta, meramente pessoal, que se iniciava precisamente ontem, com a magnífica Festa do Azulejo ( e respetiva exposição, na Casa da Cultura ) e terminava no domingo, dia 15 :
Dia 4 – Festa do Azulejo ; 5 – Jogos Tradicionais, 100% Fitness, Caminhada no Penedo Gordo, Entrega das Medalhas ; 7 – Passeio pedestre na Trindade, Mercado das Flores, Hélder Moutinho (que podia muito bem ser no dia 4 ou no dia 5) ; 11 - Trio de Cordas ; 12 – Mil e uma histórias, Mil e uma noites ; 13 e 14 – Festa das Maias ;  14 – Futebol – CD Beja / Sportig CP (veteranos), Dynamic Jazz 5Thet ; 15 – Corrida Cidade de Beja.
É claro que isto é apenas um exercício, aleatório, do que poderia ser uma programação, limitada no tempo para não parecer exaustiva ( correndo o risco de deixar de fora o Encontro de Coros, a Beja Romana, ou o início do Festival de BD, entre outros) mas, como se disse atrás, seria uma forma simples e digna de comemorar o Feriado Municipal. E, cereja no topo do bolo (caso fosse possível) seria a apresentação em Beja, no dia 8, da Orquestra Gulbenkian, com Mário Lajinha como solista, no final de uma curta digressão que a vai levar a Braga, Viseu, Vila Real e Castelo Branco, nos dias 4, 5, 6 e 7, respetivamente, depois de já ter passado por Marvão, Almada, Setúbal, Coimbra e Alcobaça.
Fica, assim, a frustração e o desencanto de um “esquecimento” que não devia ter existido e que não acontece apenas por falta da imaginação, mas sim por uma grande insensibilidade ao que é a memória, a cultura e o património de uma cidade e do seu concelho. Para isso não suceder, é preciso “sentir” Beja e, com atitudes destas ficamos a conhecer melhor a insensibilidade de quem governa o Município neste momento.
Para compensar, aqui fica uma moda alusiva à data :

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